Apesar do espaço limitado na TV, indústria de videocliples resiste apostando na divulgação das bandas

Responda rápido: você liga a televisão para assistir a um videoclipe nos dias de hoje? Se até os canais que na década de 90 se dedicavam aos clipes musicais tem, cada vez mais, limitado o espaço para o formato, por que as bandas ainda insistem em gravar vídeos para as suas músicas? O publicitário e diretor Rodrigo Pesavento explica que a motivação vem muito da função de “abre-portas” do clipe, que ainda serve de “portfólio” para o músico, a banda e o próprio diretor.

“Videoclipe nunca foi uma fonte de renda, nunca deu retorno financeiro. Mas ainda é um investimento valioso”, afirma. Responsável pelo mais recente videoclipe da cantora Mallu Magalhães, atração do SWU Music & Arts Festival 2010, Pesavento acredita que em “tempos de internet”, quando cada um pode ter um celular e fazer um vídeo qualquer, mostrar a cara é fundamental. Melhor ainda se for uma produção de qualidade.

Uma pesquisa realizada pela agência Havas Digital Brasil, em parceria com a Globosat e a Qualibest, divulgou que 96% dos entrevistados assistem vídeos de curta duração na internet (videoclipes e conteúdo de entretenimento), enquanto baixar música aparece em segundo lugar no ranking de preferências. “O clipe realmente funciona melhor como material de divulgação do que só a música em si”, avalia Pesavento.

500 reais

Clipe de Shake de Amor, da Banda Uó, "bombou" na internet e deu fama ao trio

Um caso que se encaixa perfeitamente na teoria de que clipe é vitrine é o da Banda Uó, trio de eletrobrega indie moderninho que “pega” carona no ritmo que tem crescido no país. A banda ficou famosa na internet depois que jogou na rede o divertido clipe de “Shake de Amor”, música que brinca com o romance entre Mick Jagger e a brasileira Luciana Gimenez. O vídeo, feito com apenas R$ 500, venceu a categoria Webhit do VMB 2011, cerimônia da MTV Brasil que premia os melhores clipes nacionais do ano.

“O videoclipe é e sempre será uma boa janela por fazer a música ganhar uma estética visual. A música já tem a personalidade por si só, mas o vídeo, aliado a ela, dá vida imagética e cria um conceito mais forte”, explica Davi Sabbag, um dos integrantes da Uó. O sucesso do clipe na internet rendeu ao trio participações em programas de TV e a oportunidade de gravar um álbum, Motel, que será lançado este ano.

Público-alvo

O videomaker Luba ConstruKtor, no mercado dos videoclipes desde 2009, diz que videoclipe é uma das mais eficientes vitrines do artista pop. Em quatro ou cinco minutos, o artista pode mostrar todas as qualidades capazes de atrair o público-alvo. “E muitas gravadoras descobrem bandas que nem sequer tem um EP ou disco gravados, mas que já fazem sucesso com vídeos na internet”, garante.

O mercado, mais democrático e acessível, também ajuda. “Nessa era do ‘faça você mesmo’ qualquer um pode botar as ideias para fora. Isso também impulsiona o formato. Por isso os grandes artistas, que querem se sobressair no meio de tantos vídeos e conteúdo, continuam investindo grana nisso”, completa o videomaker.

Cada vez mais por dentro do mundo dos videoclipes, as agências de publicidade também têm acreditado no formato de divulgação. “Acaba se transformando numa espécie de válvula de escape pra gente. São nos clipes que a gente pode viajar, exercitar a criatividade, pirar mesmo, coisa que nem sempre dá pra fazer em uma peça publicitária”, explica Breno Castro, sócio da produtora Zeppelin Filmes.

Abaixo, você confere três clipes bacanas de bandas que passaram pelo SWU Music & Arts Festival 2011:

Evidence – Faith No More

Girl Panic! – Duran Duran

Just do it – Copacabana Club

(Caroll Almeida)

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4 respostas a Apesar do espaço limitado na TV, indústria de videocliples resiste apostando na divulgação das bandas

  1. Juliene disse:

    Sempre gostei muito de video clips, porém acho os mais antigos melhores sem tanta ‘invencionice’ as vezes desnecessária, um que adoro é o looks that kill da banda Motley Crue que atualmente está em turnê com o kiss e tem um show incrivel com baixo que solta fogo e bateria giratória, seria tudo de bom o Motley Crue no SWU ou quem sabe até junto com o kiss……
    - BANDAS – INTERNACIONAIS
    VENOM
    KING DIAMOND
    CRADLE OF FILTH
    DIMMU BORGIR com ORQUESTRA
    AMON AMARTH
    BEHEMOTH
    PROCOL HARUM
    ENSIFERUM
    FINNTROLL
    TEARS FOR FEARS
    THE CURE
    BOB DYLAN
    KANSAS
    HEART
    SURVIVOR
    JOURNEY
    FOREIGNER
    HEIDEVOLK
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    CHILDREN OF BODOM
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    ROXETTE
    PET SHOP BOYS
    KORPIKLAANI
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    A-HA
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    BRUNO MARS
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    NAZARETH
    SLAYER
    IMMORTAL
    URIAH HEEP
    SCORPIONS
    YES
    EUROPE
    MOTLEY CRUE
    VAN HALEN
    KISS
    TURISAS
    NEIL YOUNG
    DEICIDE
    DARK FUNERAL
    ELUVEITIE
    - BANDAS – NACIONAIS
    ALCEU VALENÇA
    INEZITA BARROSO
    14 BIS
    MILTON NASCIMENTO
    CAETANO VELOSO
    KRISIUN
    UNEARTHLY
    MYSTERIIS
    FAGNER
    SÁ E GUARABIRA
    DJAVAN
    ELBA RAMALHO

  2. warfivelpc3 disse:

    Vai ter SWU em 2012 ?

  3. thiago disse:

    interessante hein…
    mas mais interessante que isso seria informaões sobre o próximo festival, como line up e local!!!