Críticos explicam a importância de Core, disco do Stone Temple Pilots que completa 20 anos em 2012

2012 é um ano especial para o Stone Temple Pilots. Core, o primeiro disco da banda de San Diego, completa 20 anos. O álbum é, sem dúvidas, o mais importante do grupo, vendeu mais de 8 milhões de cópias e lançou o Stone Temple Pilots ao estrelado mundial, ao lado de outras bandas surgidas também no início dos anos 90.

Acusados pela crítica musical na época de plágio de Pearl Jam e Alice in Chains, o Stone Temple Pilots tentou manter em Core a explosão melancólica e raivosa, as guitarras sujas e distorcidas já mostradas em álbuns como Nevermind (Nirvana), Ten (Pearl Jam), Facelift (Alice in Chains) e Every good boy deserves fudge (Mudhoney), lançados um ano antes.

Para o colaborador do site Tenho Mais Discos que Amigos, Maurício Romeu,  Core foi um disco injustiçado. “É um álbum de referência para o movimento, tanto é que o produtor Brendan O’Brien foi convidado depois a gravar discos do Pearl Jam, como VS., Vitalogy, No Code e até o mais recente, Backspacer”, argumenta. Entre os discos lançados no comecinho da década de 90, Maurício destaca Core como o terceiro disco mais importante para o grunge, ao lado de Ten e Facelift.

Bento Araújo, jornalista e editor do PoeiraZine, explica que o primeiro disco do STP foi protagonista de uma espécie de “second wave” da cena grunge, como aconteceu na “british invasion” dos anos 60, onde The Beatles e Rolling Stones vieram na primeira leva, e Small Faces e Zombies, na segunda.

Melhor álbum

Mas será que Core, apesar de ser o mais famoso, é o disco mais substancial da banda de Scott Weiland? Não. Os dois especialistas concordam que Purple, disco que veio na sequência, em 1994, mostra um STP mais independente, traz guitarras mais ousadas de Robert Deleo e um Scott Weiland reinventado. “Depois de Purple, as comparações entre STP com outras bandas acabaram ficando de lado”, explica Maurício.

Core, porém, ainda é o álbum que “abre portas” para os novos fãs de STP. “Digamos que é o mais famoso, não o melhor, mas o mais indicado para introduzir o grupo na sua discoteca”, sugere Bento.

Até hoje, mesmo depois de sete discos de estúdio lançados, Core é que o que contabiliza mais hits na carreira do STP. Só nesse primeiro disco estão “Crackerman”, “Creep”, “Wicked Garden” e “Plush”, a música de maior sucesso da banda, que rendeu ao STP um prêmio Grammy.

(Caroll Almeida)

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