“Muita gente ainda não sabe em que carro está”, diz motorista de táxi elétrico de São Paulo

O motorista Alberto Alves Ribeiro mostra como o táxi é recarregado

Dois táxis elétricos, 100% não poluentes, começaram a rodar no início do mês em São Paulo. Mas tem muito passageiro que entra no táxi sem saber a importância (ou diferença) do carro em que está. “Como o carro é muito bonito, muito moderno, as pessoas ficam olhando, olhando. Aí eu pergunto se elas sabem que carro é esse, e a maioria diz que não”, disse , responsável por um dos táxis elétricos da capital.

Cabe ao motorista dar “uma aula” sobre o táxi elétrico. “Eu explico como o carro funciona e o mais importante: que ele não polui”, contou Alberto. Segundo ele, o que mais surpreende os clientes é o silêncio do carro, já que não há barulho de motor nem quando ele é ligado.

Os novos veículos fazem parte de um projeto piloto da prefeitura que estuda a viabilidade de substituir parte da frota de táxis de São Paulo pelos carros mais ecológicos. Os veículos tem autonomia de 160 km, depois é necessária uma nova recarga. O custo da carga, que permite que os carros rodem os 160 km, será de aproximadamente R$ 7 na conta de luz. Para percorrer a mesma distância com gasolina seriam necessários R$ 39. E, importante dizer: o preço da corrida é o mesmo de um táxi “normal”.

Como pegar esse táxi

Difícil. Os dois carros 100% não poluentes ficam em um ponto fixo na Avenida Paulista com a rua da Consolação, mas não é tão fácil encontrá-los por lá. O Portal SWU esteve no local por duas vezes e não encontrou o carro para uma corrida. A “culpa” de serem vistos tão pouco nas ruas é da recarga, que demora 6 horas. “Eu rodo só de manhã, depois deixo o carro na garagem para a recarregar”, explicou. A situação deve melhorar a partir de outubro, quando mais 8 carros passam a circular.

Se acontecer de acabar a bateria no meio de uma corrida, o carro vem equipado com um mini-carregador, que fica no porta-malas. No teto, há também um pequeno painel solar que também ajuda a captar energia. “Tenho orgulho de dirigir esse carro. Só consigo ver vantagens. Aliás, todo mundo. Tem gente doida para tomar o meu lugar”, brincou o motorista que, em 20 anos de profissão, dirige um táxi elétrico pela primeira vez.

 

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