Poluição atinge nível alarmante e Pequim adota medidas de emergência

Poluição do ar na capital chinesa encobre os prédios. Nível está muito acima do tolerado pela OMS

A poluição em Pequim atingiu, neste fim de semana, o pior nível já registrado na cidade chinesa. Uma densa fumaça tomou conta do céu de Pequim desde o último sábado e hoje, terceiro dia de poluição extrema, as autoridades divulgaram medidas de emergência como a redução das emissões das fábricas e a circulação de veículos oficiais. Os moradores também estão sendo alertados para não saírem de casa.

A poluição ultrapassa os 300 microgramas de partículas por metro cúbico, bem acima dos 25 microgramas que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera normal. O pior dia de poluição foi no último sábado, quando os níveis chegaram a 993 microgramas, cerca de 40 vezes pior do que o recomendado. Tais partículas são tão pequenas, que podem se alojar nos pulmões e até na corrente sanguínea.

Os casos de problemas cardíacos e respiratórios aumentaram em Pequim nestes últimos 3 dias. O Hospital Infantil de Pequim, por exemplo, informou que chegou a receber cerca de 7 mil pacientes por dia com com doenças respiratórias por conta da má qualidade do ar.

Além disso, a falta de visibilidade também obrigou o cancelamento de 20 voos nesta segunda – ontem mais 30 foram suspensos.

Medidas

Para não piorar a situação, Pequim determinou a interrupção das obras de 20 diferentes construções, a redução em 30% de emissões de carbono em pelo menos 54 empresas e as escolas estão proibidas de realizar atividades ao ar livre.

O governo também pediu que a população deixe seus carros na garagem e use o transporte público. A expectativa é de que a nuvem se disperse apenas na próxima quarta (16), quando ventos mais fortes devem levar as partículas de poluição.

A China – nação que deve se tornar a maior economia do mundo em 2016, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) -, se desenvolveu economica e industrialmente às custas do meio ambiente, da degradação de rios, solos e da atmosfera. Só em 2012, a poluição extrema do país causou 8.500 mortes, segundo o Greenpeace.

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